Estamos fechando mais un ano de atividades nas oficinas do "Alfredo Andersen", no qual tivemos excelentes mestres. Meu muito obrigada a instituição, professores, colegas e funcionarios da casa.
Olhar do passado. Algumas perguntas surgem... --Quem fez a escultura ? --Quem era o modelo ? --Por que esta abandonada a construção ? O tempo é implacável ... Seguramente na época era uma mansão famosa com personagens conhecidos, hoje não passa de uma lembrança, observando as modernidades de forma submissa e permanente.
Quando ficamos do outro lado da lente... é que fomos flagrados :) Sabiam que a alguns fotografos não gostam de forma nehuma levar um "Clik". Então para todos eles é que estou escrevendo minha experiência de estar na frente da camera. Gente é uma coisa fantastica ! no inicio temos um certo ar de surpresa ... mas quando revelamos a foto podemos observar como somos frageis e ao mesmo tempo rimos de nos mesmos, de nossos gestos desajeitados no momento de ser "capturados" pela engenhoca "digital". Vamos lá não faça pose, a beleza da fotografia é magia do momento. Ora, francamente nesse momento é imprescindivel o Perfume também para que né ? Se o fotografo é um talentoso cardiologista e um ser humano de grande valor.
Alfredo Emílio Andersen nasceu em Kristiansand, sul da Noruega, em 3 de novembro de 1860, filho do capitão da marinha mercante Tobias Andersen e de Hanna Carine Andersen. Tinha quatro irmãs: Hanna, Charlotte, Amalye e Othilie.
Apesar de ser desejo do pai que Alfredo se tornasse engenheiro naval, o filho, já aos doze anos, em razão da boa qualidade do seu desenho, obteve autorização familiar para se dedicar à arte, incentivado por um dirigente da escola onde estudava. Aos treze anos pintou aquela que se supõe seja a sua primeira tela, intitulada “Akt”.
Andersen, que também era apaixonado por música e arte dramática, tocava flauta e participava de um conjunto de canto coral. Chegou a fundar uma sociedade voltada para o teatro, cujos lucros eram revertidos para pessoas carentes.
Houve um tempo no qual meu Pai biologico me ensinou a caminhar pela estrada colhendo flores e aromas, diferenciando cheiros e cores. Me embalou e deu impulso no balanço da arvore, na gancorra... Depois cresci e nem sempre tinha tempo para colher flores, o ecoar de seu riso deixou menos fortes os embates da vida.
Bem mais tarde...Outro Pai o da Pintura Parnaense, Alfredo Andersen inspira meu trabalho com a Arte, talvez sejam meus sonhos infantis que finalmente posso plasmar nas telas e tintas.
É que nada desaparece no universo: o mestre, os bom momentos de ontem permanecem conosco, nos acompanham e podemos compartilhar com os outros, talvez seja isto que nos torna humanos, a capacidade de não perder nossa herença.
Nas minhas memorias de criança o mestre da pintura já estava presente, o tempo brinca nos trazendo recordações do futuro. Aldredo Andersen é um destes Pais coletivos que mantem sua prescença aqui e agora, nos fazendo vislumbrar a Arte além dos momentos transitorios.